Wesley Lima Cardoso
Victória Maria Horácio
Jerônimo
Vagner de Oliveira Lira
A
VILA GADELHA
EM
CORDEL
E. E. F. João Rocha
Fialho
AUTORES; Marcos
Carneiro
Wesley Lima Cardoso
Victória Maria Horácio Jerônimo
Vagner
de Oliveira Lira
COORDENADORA DO
PROJETO: Ana Maria Ferreira ( Regente de Multimeios)
REVISÃO: Edivâni
Ferreira Braúna
CAPA:
NÚCLEO GESTOR: Maria
Ferreira Marques (Diretora Geral)
Edvâni Ferreira Braúna
(Coordenadora Pedagógica)
Luciana Alves de
Carvalho (Secretária)
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO________________________01
AGRADECIMENTOS____________________ 02
DEDICATÓRIA_________________________ 03
GADELHA- ORIGEM E FUNDAÇÃO_____ 05 -36
O POVOAMENTO___________________ 07- 39
LIMITES__________________________ 08- 41
VEGETAÇÃO NATIVA________________ 09-41
A EDUCAÇÃO______________________ 11-43
OS PROFESSORES__________________ 13 -46
A MERENDA ESCOLAR_______________ 15 49
A SAÚDE_____________________________16-
50
NOSSA PRAÇA______________________ 19- 52
SANEAMENTO D’ ÁGUA________________ 21- 55
A RELIGIÃO__________________________ 22- 56
O ESPORTE___________________________ 25-
60
FONTE DE RENDA______________________ 27-
63
FESTAS E MOVIMENTOS SOCIAIS__________
31- 64
PARTEIRAS E BENZEDEIRAS_______________32
ARTESANATO__________________________ 34
APRESENTAÇÃO
Mostrará esse cordel
A história do Gadelha
No aspecto cultural
Econômico e social
Também no religioso
Do passado e atual.
Ana Maria Ferreira
AGRADECIMENTOS
Agradecemos ao Deus dos céus
Autor da sabedoria
Que nos deu capacidade
De transformar em poesia
A história dessa terra
Com coragem e ousadia
Também aos nossos professores
Que muito contribuíram
E que o conhecimento
A nós eles transmitiram
E que a sua missão
Com bravura presidiram.
DEDICATÓRIA
É a nossa comunidade
A quem nós dedicamos
A história do Gadelha
Que no papel colocamos
Resgatando o valor
histórico
Também conscientizando
Do importante valor
Do antigo morador
E de outro que foi
chegando
Também aos funcionários
Do projeto irrigação
Vivos ou in-memorian
Deram sua contribuição
Pra construir nossa
história
Com toda dedicação
Vamos guardar na
memória
E também no coração.
A VILA
GADELHA EM CORDEL
Marcos Carneiro e Wesley Cardoso
GADELHA- ORIGEM E FUNDAÇÃO
Vamos ouvir minha gente
Estou aqui pra contar
A história dessa terra
É uma história sem par
Tem sua localização
No interior do Ceará.
E por falar de Gadelha
Eu queria lhes contar
A origem do seu nome
Não foi possível constatar
Os mais antigos comentam
Sem certeza no afirmar
Que foi por conta de uma égua
Que habitou nesse lugar.
E a origem do nome
Do Distrito de Gadelha
Ainda é uma pulga
Escondida atrás da orelha
Provém de um animal
Uma égua, uma ovelha.
Localizada no Ceará
Na região Centro Sul
É pertencente também
À cidade de Iguatu
É uma terra querida
Tanto pra mim como pra tu.
As duas primeiras famílias
Que iniciaram essa história
Que nasceram no Gadelha
Vamos guardar na memória
E deixaram descendentes
Pra continuar a história.
Essas primeiras famílias
Que sempre aqui habitaram
Foram a Rocha e Guedes
Que do Gadelha cuidaram
Com muita perseverança
Para sempre aqui moraram.
O POVOAMENTO
No Gadelha iniciou
Uma grande construção
Que trouxe gente distante
Cresceu a população
Quando iniciou os trabalhos
Do projeto irrigação.
Limoeiro, Jaguaruana
Centro Sul e Cariri
São lugares de origem
Dos que chegaram aqui
Pra iniciar uma história
E a vila construir.
A população cresceu
Os rostos também mudaram
Trouxeram várias culturas
E os produtos aumentaram
Bananas, laranja, uva
Muitas frutas cultivaram.
E o seu povoamento
Ainda continuou
Porque ainda muita gente
Veio aqui e se instalou
Construindo suas casas
Em terras que ocupou.
Moradores que vieram
Uma nova vida buscar
Trazendo a certeza
De sua vida melhorar
E aqui no meu Gadelha
Passaram a habitar.
LIMITES
Ao Norte da nossa vila
Rio Jaguaribe está
Ao Sul, Sítio Sipaúba
Vem a se localizar
Ainda tem o Sítio Itans,
Que a Leste vem ficar
Piripiri, Água Fria
Vem a Oeste se limitar.
VEGETAÇÃO NATIVA
A nossa vegetação
Vamos guardar na memória
Essa quase não existe
Fez parte da nossa história
Distribuindo o espaço
Destruíram sem demora.
Pessoas que aqui vieram
Destruíram a vegetação
Pra eles era preciso
Para fazer construção
Não sabiam que mais tarde
Causariam preocupação.
Canela de velho, mufumbo
Castanhola, marmeleiro
Algaroba, oiticica
Tamarindo, juazeiro
Eram árvores nativas
E havia até no terreiro.
E foi também desmatada
Do rio a mata ciliar
Derrubavam árvores para
Com a madeira lucrar
Assim o meio ambiente
Vieram a prejudicar.
Essa terra é muito boa
Dá banana e feijão
Cresce também o coqueiro,
Acerola e mamão.
Temos também hortaliças
Na nossa vegetação.
Algumas frutas nativas
Ainda podemos encontrar
Frutas muito conhecidas
Castanhola e jatobá
Mas, árvore como o mufumbo
Não se pode encontrar.
Tudo isso é verdade
Nossa flora foi diversa
Pode acreditar em nós
Pois isso não é conversa
A natureza precisa
Que você aja depressa.
A EDUCAÇÃO
Em 51 foi construída
A escola da comunidade
Aqui os alunos tinham
Interesse e boa vontade
Só uma sala de aula
Enfrentavam dificuldade.
De Idelfonso Simões Lopes
O nome da escola mudou
Para Mário Parente Teófilo
Mas logo se modificou
Pra Manoel Guedes de Carvalho
Que até hoje perdurou.
Manoel Guedes de Carvalho
Seu nome ficou marcado
Pra construir a escola
Seu terreno foi usado
Escola essa que até hoje
Tem muito nos ajudado.
Com o crescimento da clientela
Houve a necessidade
De outra sala de aula
Na escola da comunidade
A professora cedeu sua sala
Com muita boa vontade.
O Gadelha desenvolveu-se
E a população cresceu
Construíram outra escola
A qual o povo acolheu
Foi João Rocha Fialho
O nome que recebeu.
O João Rocha foi ampliado
A população cresceu
Para atender a todos
A escola se desenvolveu
Ajudando muita gente
Inclusive você e eu.
E cada um desses nomes
Que a escola recebeu
Era homenageando
Alguém que aqui viveu
Com sua sublimidade
As suas terras cedeu.
OS PROFESSORES
A primeira professora
A lecionar aqui
Veio lá de Fortaleza
A professora Zeli
Depois veio Mariquinha
Quando Zeli saiu daqui.
Anézia e Araci
Do Ministério da Agricultura
Trouxeram todo o seu
Conhecimento e bravura
Ensinaram a linguagem,
A história e a cultura.
Os primeiros professores
Não tinham formação profissional
Nem mesmo eles haviam
Concluído o 1º grau
A educação não era
Como é a atual.
Logo nos anos oitenta
Passou a ser exigido
De todos os professores
1º grau concluído
Pra lecionar teriam
Que atender esse pedido.
Nos anos 90 foi promovido
Concurso pra professor
Depois foi realizado
Outro para diretor
A escola era dirigida
Só por um coordenador.
Os aprovados assumiram
O cargo através de eleição
Da escola Manoel Guedes
Assumiu a direção
A Eugênia Moisés Lima
Que no ano 2001,
Deixou essa posição.
A Edvâni Braúna
O João Rocha assumiu
Permaneceu na direção
Até o ano dois mil
Depois dela Marta Gomes
A escola dirigiu.
No ano 2010
Através de seleção
Assumiu Mª Marques
Da escola a direção
Até hoje permanece
Com essa mesma função.
A MERENDA ESCOLAR
Enfocando o assunto
Da merenda escolar
Veio nos anos setenta
Demorou muito a chegar.
Foi graças a Marieta
Que não parou de lutar.
Junto à Secretaria
Ela veio conseguir
A merenda escolar
Que não tinha como vir
Ela até fretava carro
Pra essa chegar aqui.
E assim gerou emprego
De zeladora e merendeira
Maricota que zelava
Maria era a cozinheira
Ocupando esses cargos
Elas foram as primeiras.
Na questão de qualidade
A cada dia melhorando
Aumentou a quantidade
O acesso foi chegando
Legume, verdura, fruta
E um carro entregando.
A SAÚDE
A história da saúde
Do Gadelha eu vou contar
O serviço de saúde
Demorou muito a chegar
As campanhas de vacina
Não tinham nesse lugar.
Então os pais precisavam
Do Gadelha se deslocar
Os filhos à Iguatu
Eles tinham que levar
De bicicleta ou a pé
Para lá os vacinar.
Mas Marieta Gouveia
Uma atitude tomou
E junto a Secretaria
Ela reivindicou
Campanha de vacinação
Que ao Gadelha chegou.
Mas foi em 85
Que veio a necessidade
De o serviço de saúde
Ser no Gadelha implantado
Com o Posto de Saúde
Foi um grande realizado.
No ano de 89
Uma difícil situação
O posto quase fechou
Por falta de manutenção
Mas o povo não deixou
Encontraram a solução.
Nossas orientadoras
Com garra e determinação
Junto à comunidade
Que fez sua doação
Resolveram o problema
Na base da união.
Chegando o ano 2000
Novo posto foi construído
Mas a inauguração
Foi só no ano seguido
E várias vagas de emprego
Foi a alguns concedido.
Mizael Guedes de Carvalho
Este veio nomear
O nosso posto de saúde
Pra homenagem prestar
A uma família ilustre
Que ainda vive nesse lugar.
A PRAÇA
Todo mundo necessita
Um pouco de distração
O prefeito Ari Alexandre
Na sua administração
Priorizou aqui uma praça
Iniciou a construção.
Em março de 68
Foi a inauguração
Dr. Eddie Sabóia
Foi a denominação
Daquela praça construída
Grande realização.
A comunidade viu
Que algo ainda faltava.
Queria uma TV
Então por isso lutava
O prefeito contribuiu
E uma TV foi comprada.
Por uma TV em cores
A 1ª foi trocada
Não demorou muito tempo
E a mesma foi roubada
E outra no seu lugar
Nunca mais foi colocada.
Agora poucos moradores
Televisões possuíam
À noite as suas salas
Com teatro pareciam
Para assistir novelas
Vizinhos se reuniam.
Mas com o
passar do tempo
A praça foi
deteriorada
Depois de 38
anos
A mesma foi
reformada
Com uma nova
estrutura
E de outro
nome chamada.
Pelo
prefeito Agenor Neto
O projeto
foi decretado
Da nossa
praça a reforma
Por Ronald
idealizado
E a partir
de 2006,
Foi a praça
outra vez
Laurindo
Cândido chamada.
SANEAMENTO DE ÁGUA
A água aqui era boa
E as necessidades iguais
E para utilizá-la
Usavam bombas manuais
Quase toda casa tinha
Lá no fundo dos quintais.
Depois veio um chafariz
Todos se beneficiaram
Pra cozinhar e beber
Na cabeça carregaram
Mesmo com dificuldade
A seu acesso chegaram.
As coisas foram mudando
E com o passar do tempo
Veio uma inovação
Chamada saneamento
Todos têm a água em casa
Através de encanamento.
Manoel Gouveia da Silva
O nome que recebeu
O saneamento de água
Que a todos favoreceu
Dificuldades passadas
O povo já esqueceu.
A RELIGIÃO
Todo mundo necessita
De uma religião
Para o bem espiritual
Para a paz e união
Para ver um templo erguido
Lutaram com precisão.
Foi junto ao Ministério
Que nossa comunidade
Construiu uma capela
Tornaram realidade
O sonho de uma igreja
Na nossa localidade.
A festa do padroeiro
Tornou-se uma tradição
Celebrada no mês de março
Com uma programação
Muito alegre e festiva
Atrai toda população.
O padroeiro da igreja
É o nobre São José
Homem muito obediente
Honesto e de muita fé
Por isso por seus devotos
É aplaudido de pé.
Junto aos que vieram
O Gadelha habitar
E outras religiões
Trouxeram pro meu lugar
Como Assembléia de Deus
Canaã e Revival.
A Assembléia de Deus
Foi no Gadelha chegada
E foi no ano de 80
Que aqui ela foi fundada
E com a ajuda dos fiéis
Foi uma igreja edificada.
A Assembléia de Deus
Tem uma programação
De segunda a terça feira
Faz a Jesus louvação
E tem cultos aos domingos
A Deus fazem oração.
Na igreja há pessoas
Com diferentes funções
Presbítero, obreiro, diáconos
Também fazem adoração
Do aniversário da igreja
Fazem comemoração.
A Revival se destacou
E está bem popular
Tem origem australiana
Do outro lado do mar
A sede é em Fortaleza
Capital do Ceará.
Comemoram-se feriados
Na igreja Revival
Dia dos pais e das mães
Da criança e o Natal
E também o ano novo
E o domingo pascal.
O ESPORTE
Sem interesse lucrativo
Esporte é só divertimento
E aqui no futebol
Teve sempre envolvimento
De um grupo que queria
Levar o time à frente.
E outro tipo de esporte
Aqui nunca foi frequente
Ainda jogou-se voleibol
Apenas por entretenimento
E esse não mais se joga
Ficou no esquecimento.
E por falar de esporte
Quando o Gadelha foi fundado
Por interesse de um grupo
Um time já estava formado
Esse já era assunto
Desde um tempo passado.
O senhor João da Rocha
Foi uma força constante
Foi por conta dos seus esforços
Que o time levou adiante
Na história do futebol
Ele foi muito importante.
Em um campo improvisado
Os jogos aconteciam
Ao lado de um pé de oiticica
Em terras de sua família
Sem pensar que um campo próprio
Futuramente ganhariam.
E quando chegou aqui
O projeto de irrigação
E por meio deste veio
Um homem de bom coração
O doutor Eddie Sabóia
De um campo fez doação.
Também os funcionários
Demonstrariam interesse
E na diretoria do time
Precisou que se envolvessem
E isso foi importante
Pra que o time fortalecessem.
Quando os anos vão passando
Muitas coisas vão mudando
Então por esse motivo
Muitos foram se afastando
Enquanto que outros mais novos
Foram a causa abraçando.
Por motivo de idade
João da Rocha se afastou
Hoje o time é dirigido
Por Ivanildo, um senhor
Que essa responsabilidade
Exerce com muito penhor.
MEIO DE SOBREVIVÊNCIA
O homem só sobrevive
Com o trabalho de suas mãos
Nossos antigos moradores
Plantavam milho e feijão
Eles eram agricultores
Viviam da plantação.
O serviço público federal
Chegou aqui nesse chão
Com as pessoas que vieram
Trabalhar na irrigação
Proporcionando aumento
Também na população.
E a cada dia crescia
A nossa população
E novas fontes de rendas
Pro povo ganhar o pão
Serviço público municipal
Também chegou, meu irmão.
Com o serviço de saúde
E o de educação
E pessoas trabalhando
Com muita dedicação
Isso era crescimento
Isso era progressão.
E mesmo com o crescimento
Emprego ainda faltava
Por isso muitas pessoas
Do Gadelha se deslocavam
E longe de suas terras
Meio
de vida buscavam.
Hoje podemos dizer
Com muita felicidade
Que várias fontes de renda
Tem nessa comunidade
Tem o cultivo da banana
Tem o trabalho privado.
Pessoas que se deslocam
De sua localidade
Assim é o dia a dia
De quem trabalha na cidade
Em fábricas e no comércio
Com muita boa vontade.
E ainda temos os donos
De bar e mercearia
E o trabalho autônomo
E dono de padaria
Vários empregos gerados
Isso
nos dá alegria.
E por falar de autonomia
Quem muito se destacou
Foi o senhor Ivanildo
Que ao Gadelha voltou
Depois de muito trabalho
Uma empresa fundou.
No ano de 99
Isso se realizou
A sua micro empresa
Muito emprego gerou
E 35 funcionários
Vários cargos ocupou.
Cargos assim distribuídos:
Motorista, supervisor,
Auxiliar de secretária,
Gerente e vendedor,
Tudo isso é progresso
De um povo trabalhador.
FESTAS E MOVIMENTOS SOCIAIS
O Gadelha era uma vila
Bem parada antigamente
Mas isso um dia mudou
Quando o senhor José Vicente
Que promoveu o forró
De um certo tempo pra frente.
Na frente de sua casa
O Zé Vicente fazia
Além do forró pé de serra
São João da roça em euforia
E em todo mês de junho
Sobrava até alegria.
Tinha alguém que sempre vendia
Uma bebida não gelada
Vendia chapéu de couro
E muita carne assada
E pra completar, o caldo
Também uma farofada.
O seu Brígido promovia
No Gadelha umas gincanas
E toda a comunidade
Gostou e achou bacana
Francimilton ajudava
E no Gadelha passava
Todo final de semana.
Tinham as festas juninas
Festas bem populares
Em outros tempos passados
A dança de São Gonçalo
Festas que hoje trocadas
Por movimentos em bares.
PARTEIRAS E BENZEDEIRAS
Sabe, uma coisa fantástica
No Gadelha acontecia
Há uns 30 anos atrás
Toda criança que nascia
Era na mão de dona Otília
Parteira que aqui existia.
Só depois que ela morreu
Era que as mães se dirigiam
Daqui para Iguatu
E lá os filhos teriam
Onde agora nas mãos de médicos
Suas crianças nasciam.
Tem as famosas benzedeiras
Que há sempre em zona rural
Aqui no nosso Gadelha
Tinham muitas sem igual
Destaco Maria e Josefa
Nesse momento atual.
Só as pessoas médiuns
Podem ter essa função
É esse um dom divino
Dado por consagração
E lá do alto dos céus
Vêm as suas orações.
E esse dom que receberam
É de grande utilidade
Rezam pra vento caído,
Pro perdido ser achado,
Pra quebranto, pra cobreiro,
Nesse ato consagrado.
ARTESANATO
Faz parte da nossa cultura
Trabalhos artesanais
Uma arte adquirida
Há algum tempo atrás
Quando o SENAC promoveu
Um curso profissional.
Com a fibra da banana
Muitas coisas produziram
A Rita e Alcivânia
Profissão adquiriram
Bolsas, pastas e baús
Muitas coisas elas faziam.
Elas também fizeram cursos
Pra trabalhar com biscuit
A procura foi pequena
Não dava pra prosseguir
Esse tipo de trabalho
Não teve sucesso aqui.
No inicio foi muito bom
Mas depois caiu a venda
Se fosse valorizado
Gerava fonte de renda
Hoje as duas trabalham
Somente por encomenda.
Um fato nos entristece
Na nossa realidade
A cultura vem morrendo
E nos deixando saudade
Precisando urgentimente
Por alguém ser resgatado.
A
HISTÓRIA DA VILA GADELHA EM CORDEL
Victória Horácio e Vágner Lira
GADELHA- ORIGEM E FUNDAÇÃO
Sendo um pequeno distrito
No território do Ceará
Com sua história oculta
E moradores pra contar
Não medi nenhum esforço
Pra no papel colocar.
Contando com seus aspectos
Religioso e social
E documentos escritos
Do passado e atual
Que tem sua história impar
Pois nenhum povo tem igual.
A origem do seu nome
Não foi possível descobrir
As pessoas mais antigas
Continuam a conferir
Que deve-se a uma égua
Que veio aqui residir.
Que isso é uma verdade
Não é possível afirmar
Pois as famílias que vieram
O Gadelha habitar
Não podem ser mais velhas
Que o nome desse lugar.
Pois o nome de Gadelha
Há muito tempo existia
No livro Iguatu memória
Alcântara Nogueira dizia
Que antes dos Guedes e Rocha
Existiam outras famílias
Segundo José Valdeli
A quem fomos entrevistar
As primeiras construções
Localizadas nesse lugar
Foi a primeira dos Guedes
Dos Rocha em segundo lugar.
E assim essas pessoas
Para aqui sobreviver
Cultivaram feijão e milho
Pra lucros lhe fornecer
Pra sustentar a família
E assim conseguir viver.
Eles também
criavam gado
Cabras,
porcos e galinha
Ali mesmo no
quintal
Davam valor
ao que tinham
Também
criavam boi e vaca
Mas só
algumas cabecinhas.
O meio de
sobrevivência
Era o
cultivo de feijão
E raramente
o arroz
Contido na
plantação
Tendo assim
o sustento
E a prática
da criação.
Criação de
porco e boi
A galinha
mais comum
Esse era o
meio de vida
Por não
haver mais nenhum
Outro tipo
de animal
Aqui não era
comum.
O POVOAMENTO
Seu Miguel
Porfírio de Lima
Quando vivo
disse lembrar
Que em 1950
Tinha
família aqui habitar
Mas o
projeto de irrigação
Veio a
população aumentar
Com pessoas
transferidas
De outras
cidades pra cá
Movidas por
este projeto
Aqui vieram
morar
Por ter água
favorável
Veio o
projeto iniciar.
Na estrutura
de um quadrado
Casas foram
construídas
Para as
pessoas que vieram
De outros
lugares transferidas
Destruindo
para isso
A vegetação
nativa.
E pensam que acabou?
De fato só começou
Em terras compradas aos Guedes
O povoamento continuou
Por ter água e solo fértil
Construção se iniciou.
Foi na década de oitenta
O Gadelha muito cresceu
Aumentou em 100%
E daí jamais desceu
Pois a fácil moradia
A muitos favoreceu.
Uma grande área de terra
Que ao governo pertencia
Que estava ociosa
Transformou-se em moradia
Construíram os ocupantes
De taipa e de alvenaria.
LIMITAÇÕES
A nossa Vila Gadelha
Agora vou lhe falar
Com o Rio Jaguaribe
Ao norte vai limitar
E ao sítio Sipaúba
Ao sul ele vem está.
O sítio Itans ao leste
Do Gadelha situado
Piripiri, Água Fria
Ao oeste tem ficado
Essa é a limitação
Desse pequeno povoado.
VEGETAÇÃO
NATIVA
Com a
evolução humana
Que vem
muito a aumentar
Seguida por
transformações
Que mudam
qualquer lugar
Destruíram
as paisagens
Pra mais
ainda explorar.
O Gadelha
não está fora
Veio também
a evoluir
Com a sua
construção
Vieram a
destruir
Parte da
vegetação
Da vegetação
daqui.
Das nossas
plantas nativas
Poucas
vieram restar
Com
derrubada de matas
É impossível
encontrar
Juazeiro,
tamarindo
Não há mais
nesse lugar.
E como se
não bastasse
Pra gente
desanimar
Nosso Rio
Jaguaribe
Também está
a se juntar
A paisagem
desmatada
Já é hora de
parar.
Então
estamos a pedir
A autoridade
que puder
Nós
precisamos agir
Para salvar
o que der
Com o
reflorestamento
Replantando
o que vier.
A natureza
agredida
Reclama por
atenção
Isso não é
só aqui
É em toda a
nação
É preciso
atitude
Abrace essa
questão.
A EDUCAÇÃO
Surgiu em 51
A nossa 1ª escola
Pra atender a crianças
Construíram sem demora
E atendeu a demanda
Sem deixar nenhum de fora.
Idelfonso Simões Lopes
O nome que recebeu
A nossa 1ª escola
Que a muitos favoreceu
Instruindo com certeza
O povo que aqui viveu.
Mas o tempo foi passando
Outro nome ela ganhou
Mário Parente Teófilo
Nome que homenageou
Ao chefe de irrigação
Mas esse também mudou.
Então um 3º nome
Foi à escola concedida
Manoel Guedes de Carvalho
Que ficou por toda vida
Esse homenageando
A uma família antiga
Eram as donas da terra
Da nossa terra querida
A clientela cresceu
A escola não comportou
A demanda de alunos
Que a escola procurou
Só uma sala de aula
Na escola funcionou
Daí veio a necessidade
De outra sala implantar
Na casa da professora
A sala que deu lugar
A outra sala de aula
Para outra turma instalar.
Mas a população
A cada dia mais crescia
Só que naquela escola
Outro lugar não havia
Atender a outras turmas
A escola não podia.
Então uma das casas
Da vila desocupou
E outra sala de aula
Na casa funcionou
Até mesmo a capela
Em sala de aula se transformou.
Uma segunda escola
Na vila foi construída
Foi o João Rocha Fialho
Homenagem concedida
A importante família
Com suas terras cedidas.
E foi no mês de dezembro
No ano de oitenta e oito
Que essa pequena escola
Na vila inaugurou-se
Com apenas duas salas
Mas o problema sanou.
Depois passou por reforma
Mais sala foi construída
Secretária, banheiro
Na escola foi erguida
Foi uma grande vitória
E alegrou nossas vidas.
OS PROFESSORES
Continuando essa história
Referente a educação
Citarei os professores
Sentindo muita emoção
Que na escolaridade
Deram sua contribuição.
A primeira professora
Que aqui lecionou
Foi a senhora Zeli
Que bom exemplo deixou
Transmitindo o que sabia
No cargo que ocupou.
Posterior a Zeli
Outras também vieram
Do Ministério da Agricultura
Funcionária elas eram
Anézia, Iraci Mariquinha
Instruções aqui trouxeram.
Um pouco tempo depois
Pro município passou
A escola do Gadelha
Que aos poucos se ampliou
Então muitos professores
Por essa escola passou.
Foi Marieta Gouveia
A primeira a ensinar
Aqui pelo município
Sem nunca se reclamar
Que sempre estava lutando
Para a educação melhorar.
Também devemos citar
Santana, Joaquim, Iraci
Mariquinha, Rita Meire
Que lecionaram aqui
E assim contribuíram
Pra pessoas instruir.
Nessa época o professor
Formação não possuía
Grau de escolaridade
O município não exigia
Sem 1º grau completo
Ser professor aqui podia.
Mas o tempo foi passando
Então a coisa mudou
Foi na década de 80
A exigência chegou
De 1º grau completo
Para aqui ser professor.
E ainda nessa década
Algo mais foi exigido
De ter um coordenador
Na escola era preciso
Ocupara esse cargo
Nosso professor Francisco.
Outros ainda ocuparam
O cargo de coordenador
Só que depois de concurso
Feito para diretor
Veio Eugênia e Edivâni
Que o concurso aprovou.
E por essa direção
Outros ainda passaram
Veio Marta e Edivânia
Que por um tempo ficaram
Hoje sobre a gestão
Da senhora Maria Marques
A MERENDA ESCOLAR
Desde sua fundação
Até os anos setenta
Não se havia implantado
Na escola a merenda
Não havia para esta
Nenhuma fonte de renda.
E foi nos anos 70
Que foi aqui implantado
A merenda escolar
Que mais emprego gerava
A situação da escola
Assim era melhorada.
A razão de existir
A merenda escolar
Foi pelo grande esforço
Da professora do lugar
Que estava sempre empenhada
Pra educação melhorar.
A SAÚDE
Antes da implantação
Do serviço de saúde
Chegou a vacinação
Por motivo de virtude
De Marieta Gouveia
Que aqui pensava em tudo.
Junto a secretária
Conseguiu trazer pra cá
Campanhas de vacinação
Pra assim facilitar
Que todas se vacinassem
Sem daqui se deslocar.
Na década de oitenta
A implantação chegou
Do serviço de saúde
E logo funcionou
Na casa do ministério
E satisfação gerou.
Mas a luta continuou
Por uma melhor condição
De trabalhar na saúde
Buscando a solução
De melhor atendimento
Pra toda a população.
E foi no ano 2000
O sonho foi realizado
A construção do nosso posto
Por um gestor foi criado
Trazendo assim alegria
Para o nosso povoado.
Já no ano 2001
Novo pleito iniciado
Com prefeito Edilmo Costa
O posto foi inaugurado
Para a felicidade
Desse povo abençoado.
Construído em um terreno
Para o posto adquirido
O posto ganhou um nome
Vindo de um povo querido
Mizael Guedes de Carvalho
Foi o nome recebido.
A PRAÇA
Aqui no nosso Gadelha
Não havia distração
Para os jovens não havia
Lugar para diversão
A construção de uma praça
Talvez fosse a solução.
Foi na década de setenta
A praça foi inaugurada
O município de Iguatu
Ari quem administrava
A mesma foi um sucesso
Pois a todos alegrava.
Aqui também não existia
Meio de comunicação
A comunidade comprou
A primeira televisão
Com a ajuda do prefeito
Que estava na gestão.
As pessoas se reuniam
Para nela se divertirem
Novelas, filmes e jogos
Tudo isso assistirem
Um grande realizado
Valeu a pena investirem.
E tendência disso foi
A cada dia melhorar
A TV em preto e branco
Precisava-se trocar
Então uma TV em cores
Foi colocada no lugar.
Só que a TV em cores
Da praça alguém roubou
Aqui alguns moradores
Um sonho realizou
Foi o senhor José Afonso
O 1º que comprou.
Depois de 38 anos
Foi feita a reconstrução
A praça foi reformada
Melhorou sua condição
Com nome homenageando
Um funcionário da irrigação.
Laurindo Candido foi o nome
Que recebeu a nova praça
Depois de um projeto a lei
Pelo prefeito decretada
A partir daquele ano
Ficou assim determinada.
SANEAMENTO DE ÁGUA
A história da nossa água
Esse é um fato real
Ela era retirada
Das bombinhas manuais
De aço ou de madeira
Todos tinham nos quintais.
Mas essa realidade
Aos poucos ia mudando
A construção de um chafariz
No Gadelha foi chegando
Com essa realização
O povo foi se alegrando.
Mas foi em 2006
Chegou a inovação
O saneamento d’água
Com a denominação
Manoel Gouveia da Silva
Ex-funcionário da irrigação.
A RELIGIÃO
Todo mundo necessita
De uma religião
Fazer culto era preciso
Ao autor da criação
Precisavam de um templo
Começou a construção.
Foi logo em 54
Que a construção começaram
Comunidade e ministério
Para isso se juntaram
Pra ver a capela erguida
Com veemência trabalharam.
Os fiéis se reuniam
Na capela pra rezar
Eles mesmos perceberam
Algo estava a faltar
Alguém que os conduzisse
Precisavam arranjar.
Cinco anos demoraram
Pra esse pastor chegar
Deus já providenciava
Alguém pra orientar
Pra que esse seu rebanho
Não visse a se desviar.
E foi em 59
Que esse pastor chegou
José Chagas de Oliveira
A quem Deus determinou
Que conduzisse o seu rebanho
Nos caminhos do Senhor.
Começaram as celebrações
Do domingo do Senhor
Os fiéis prestavam cultos
A Jesus o Salvador
Elevando a Deus a prece
Que aumentasse o seu fervor.
Como no catolicismo
Toda igreja deve ter
Um santo por padroeiro
Para a igreja proteger
Foi o Santo São José
Que o padroeiro veio a ser.
As festas do padroeiro
Passou a ser tradição
Todo ano se festeja
Com grande animação
Os fiéis sempre presentes
É grande a devoção.
A nossa igreja católica
Por várias reformas passou
Utilizando o dinheiro
Que nas festas arrecadou
Depois de transformações
A estrutura melhorou.
Não foi só na estrutura
Que a capela melhorou
Também na programação
Muita coisa acrescentou
Tem ECC, círculo bíblico
Tem a pastoral do dízimo
Santas missões já realizou.
E ainda acrescento
Preparação para Eucaristia
Para a crisma e novenários
E legião de Maria
E a infância Missionária
É benção pra todo dia.
Temos o terço dos homens
E é bonito de se ver
Quando eles se reúnem
Pode o fervor se perceber
E ainda o grupo de jovens
Que em Cristo quer crescer
Hoje o dirigente
Tem idade avançada
Com 99 anos
E uma vida abençoada
Encontra-se com a saúde
Um pouco debilitada.
E foi por esse motivo
Que da igreja se afastou
Leudanira Pinto Rocha
O seu cargo ocupou
Isso por determinação
De Cristo nosso Senhor.
No Gadelha por um tempo
Só catolicismo havia
Com pessoas que chegavam
Outras religiões traziam
Hoje o que se pode ver
A religião varia.
O ESPORTE
Há muito tempo no Gadelha
O futebol existia
E o senhor João da Rocha
Quem sempre o time dirigia
E mesmo com dificuldade
Do time não desistia.
Mas foi com a chegada
Dos homens da Irrigação
Que o time ganhou força
Com a nova direção
Juntamente com João da Rocha
Deram ao time condução.
O campo era improvisado
No fundo de um quintal
Ao lado um pé de oiticica
Com uma sombra sem igual
Abrigava aos torcedores
Embaixo do seu folharal.
Possuir um campo próprio
Era projeção futura
E foi quando veio aqui
Do Ministério da Agricultura
O diretor Eddi Sabóia
Com uma palavra segura
Com a sua sensibilidade
Ele fez a doação
Da terra onde seria o campo
Grande pedaço de chão
Os jogadores satisfeitos
Aceitaram com gratidão
E aquela área de terra
Foi logo toda cercada
De um arame farpado
De folha de coco empalhada
Assim ficou protegida
Aquela área doada.
Na frente a sua entrada
Fizeram de alvenaria
Um muro alto e seguro
Com uma bilheteria
E para assistir aos jogos
Os ingressos comprariam
As pessoas da diretoria
Aos poucos se afastando
E o senhor João da Rocha
Foi assim continuando
Mas logo ele percebeu
Sua idade avançando
E foi já em 2011
Que do cargo se afastou
E o senhor Ivanildo
Que no seu cargo ficou
Depois de uma assembléia
Pra escolher o diretor.
Hoje o time do Gadelha
Assim ele é sustentado
Pela distribuidora Souza
Ele é patrocinado
E graças a diretoria
Pra frente ele é levado.
MEIO DE SOBREVIVENCIA
As terras no Gadelha
Muita coisa produzia
A agricultura era renda
Principal que existia
Os agricultores plantavam
E o seu sustento garantiam.
Com o Projeto de Irrigação
O serviço público federal
Veio
a se transformar
Aqui em renda principal
E esta ainda existe
Hoje no tempo atual.
E com o passar do tempo
A comunidade foi ajudada
Com serviços municipais
Que foi no Gadelha implantado
De educação e saúde
Com mais emprego gerado.
E outras fontes de renda
As pessoas procuravam
Então uma parte delas
Pra Iguatu é deslocada
Para trabalhos particulares
Que fábricas e comercio gerava
E ainda no Gadelha
Tem o trabalhador autônomo
Trabalhos em padaria
E de mercearias donos
Temos
micro empresários
E um povo que consome
E uma micro empresa
Tem aqui se destacado
A
Distribuidora Sousa
Que muito tem ajudado
Dentro da comunidade
Muito emprego tem gerado.
FESTAS E MOVIMENTOS SOCIAIS
Por um tempo no Gadelha
Em festas nem se falava
Era uma comunidade
Muito pra lá de pacata
Alguém pra movimentar
Era isso que faltava
Não demorou muito tempo
Zé Vicente resolveu
Movimentar a juventude
Com festas que promoveu
E o forró pé de serra
Foi isso que aconteceu
E todo junho era sagrado
Festejar o São João
Com o São João da roça
Era uma animação
Os jovens se reuniam
Na casa do Vicentão.
Quando o senhor Zé Vicente
Do Gadelha foi embora
Essas animadas festas
Acabaram sem demora
E os jovens perceberam
Acabar não era hora.
Não demorou muito tempo
No Gadelha veio morar
Um senhor chamado Brígido
Que procurava animar
A pequena comunidade
O que ia inventar?
E gincanas culturais
Começou a
promover
Espalha brasa e mangueira
Os nomes que vinham a ser
Das equipes que trabalhavam
Trabalhavam pra valer.
Era de admirar
Toda aquela empolgação
Crianças, jovens e adultos
Tinham conscientização
Que mais importante que ganhar
Era a participação.
E como tarefa tinha
Histórias de vida contada
Das pessoas mais antigas
Que no Gadelha moravam
E apresentação de drama
Pelos jovens inventadas.
O senhor Brígido não era daqui
E não veio pra ficar
Então chegara a hora
De o Gadelha ele deixar
E então à comunidade
Só a saudade ficar
Um cidadão de Iguatu
Que do Gadelha gostava
E nos finais de semana
Era aqui que passava
Na casa de ferreirinha
Lá ele se acomodava.
Foi o senhor Francimilton
A quem faço alusão
Que com as suas tertúlias
Levava a diversão
Aos jovens desse lugar
Que não tinham outra opção.
Algo muito importante
Me chamou a atenção
É que nesses movimentos
Não tinha utilização
De nenhuma bebida alcóolica
Não impedindo a diversão.
E foi nessa mesma época
Que o carnaval foi lembrado
E por crianças e jovens
Ele era festejado
Dançavam na quadra e na rua
Em blocos organizados
Depois vieram os forrós
Que o povoado animou
Tocado por sanfoneiro
E muito tempo durou
Mas com o passar do tempo
Tudo isso acabou.
E os forrós pé de serra
Aqui não continuaram
As festas que aconteciam
As grandes bandas tocaram
E muitas das nossas festas
Só na lembrança ficaram.
Algo muito importante
Não podemos esquecer
Apresentações de quadrilhas
Melhor não podiam ser
Os jovens se envolviam
Somente pelo prazer
E essa foi uma dança
Que quase virou tradição
A cada ano uma pessoa
Fazia a animação
E em todo mês de junho
Festejavam o São João.
Até mesmo um festival
De quadrilha foi inventada
Para envolver os jovens
Que estava na ociosidade
Foi esse o pensamento
Do jovem José Ricardo
Desenvolveu movimentos
Como projetos e gincanas
Que envolvia a comunidade
Uma atitude bacana
Isso não existe mais
Só a saudade emana.
E por falar em dança
Um fato deve ser lembrado
Aqui no nosso Gadelha
O São Gonçalo foi dançado
Por promessas de seus devotos
Ele foi homenageado.
Mas não foi por muito tempo
E nem virou tradição
Mas as pessoas dançavam
Cheias de emoção
E outras se reuniam
Para a apreciação.
Hoje aqui no Gadelha
Festas não existem não
Só nos finais de semana
Pessoas em reunião
Nos bares bebem e dançam
Ao som de um paredão.
Vendo esse passado
Saudade da pra sentir
Mesmo não tendo vivido
Mas só em olhar daqui
Foi uma época tão boa
Que ao escrever vivi.
NOTAS
1-
HOLANDA,
Arlene. RINARÉ do. Cordel, criar, rimar, letrar. Fortaleza 2009.p. 19 a 31.
2-
Entrevista
com Luisa Cândida Sobrinho Guedes. 57 anos, dona de casa. Em 02/04/2006
3-
NOGUEIRA,
A Alcântara, Iguatu Memória Sócio Econômico. 2ª edição. Revisada e ampliada.
Fortaleza 1985. P.32
4-
Entrevista
com José Valdeli Rocha. Mestre de obra. 87 anos. Em 23/04/2006.
5-
Entrevista
com Miguel Porfírio de Lima. Funcionário do Ministério da Agricultura. (
aposentado) 86 anos. Em 13/01/2007.
6-
Idem.
7-
Entrevista
com Maria José do Nascimento. Doméstica. 35 anos. Em 16/01/2007.
8-
Documento
escrito da Associação Comunitária da Vila Gadelha. 1985.
9-
Entrevista
com José Ferreira. Funcionário do Ministério da Agricultura. (aposentado) 77 anos.
Em 03/04/2006.
10-
Entrevista
com Francisco Pergetino. Funcionário do
Ministério da Agricultura. (aposentado). 84 anos. Em 03/04/2006.
11-
Entrevista
com Marieta Gouveia da Silva. Professora. (aposentada) 83 anos. Em 15/01/2007.
12-
Lei
nº 1084/06, de Abril de 2006.
13-
Lei
nº 1086/06, de 28 de Abril de 2006.
14-
Entrevista
com José Chagas de Oliveira. Agricultor. 99 anos. 04/04/2006.
15-
Entrevista
com João da Rocha Carvalho. Aposentado. 80 anos. 04/11/2011.
16-
Entrevista
com Maria Pereira da Silva. Pensionista. 63 anos. Em 14/11/2011.
17-
Entrevista
com José Luis de Souza. Aposentado. 72 anos. Em 15/11/2011.
18-
Entrevista
com Antônia Vitor dos Santos. Aposentado. 82 anos. Em 15/11/2011.
19-
Entrevista
com Rita Gonçalves Teixeira. Dona de casa. 40 anos. Em 15/11/2011
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